Ensino Técnico, Engenharia , Eletrotécnica, Mecânica e Administração

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Engenharia e Construção Civil ,Projetos, Obras, Desenho Técnico, Desenho Industrial, Projeto Elétrico, Projeto Elétrico Industrial, Desenho Arquitetônico e Projeto de produção. Autodesk Revit , CAD 2D , CAD 3D e Solidworks, Ferromodelismo, Impressão 3D e Maquetes

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Revitalização da Enseada do Suá



Vitória é a capital do estado do Espírito Santo, e uma das três ilhas-capitais do Brasil (as outras são Florianópolis e São Luís). Está localizada na Região Sudeste. Situada a 20º19'09' de latitude sul e 40°20'50' de longitude oeste, Vitória limita-se ao norte com o município da Serra, ao sul com Vila Velha, a leste com o Oceano Atlântico e a oeste com Cariacica.

Com uma população de 325.453 habitantes, segundo estimativas de 2010 do IBGE, a cidade é a quarta mais populosa do estado (atrás dos municípios limítrofes de sua região metropolitana: Vila Velha, Serra e Cariacica) e integra uma área geográfica de grande nível de urbanização denominada Região Metropolitana da Grande Vitória, compreendida pelos municípios de Vitória, Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana e Vila Velha.

Vitória é cercada pela Baía de Vitória, é uma ilha de tipo fluviomarinho. Além da ilha principal, Vitória, fazem parte do município outras 34 ilhas (algumas a mais de 1100 km da costa)  e uma porção continental, perfazendo um total de 93,381 km². Originalmente eram 50 ilhas, muitas das quais foram agregadas por meio de aterro à ilha maior.

Entre as capitais do Brasil, Vitória possui o 3° melhor IDH e o maior PIB per capita.
Vitória possui dois grandes portos, o Porto de Vitória e o Porto de Tubarão. Esses portos fazem parte do maior complexo portuário do Brasil, que inclui vários portos do estado, e são considerados os melhores (em qualidade) do Brasil.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Cada função seu EPI recomendado

Uma pesquisa do SindusCon-SP e do Ministério do Trabalho e Emprego, com base em informações coletadas pela Fundacentro (Fundação Jorge Duprat de Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho), estima em 4.098 o número de acidentes fatais na construção civil brasileira em 1997, o que representa uma média de 342 ocorrências por mês. Apenas para se ter uma idéia, esse número de óbitos, que foi analisado e avalizado pelos trabalhadores, seria suficiente para dizimar toda a população residente no balneário fluminense de Armação de Búzios em dois anos.


Além de elevadas em termos absolutos, as estatísticas indicam que o setor possui uma média de acidentes fatais - 0,259 por mil trabalhadores - superior à média internacional, estimada em 0,201 mortes por mil empregados. Uma tragédia para milhares de famílias, amigos e para as empresas das vítimas, visto que as construtoras são quase unânimes em afirmar que o impacto psicológico de um óbito em um canteiro de obras é devastador.

Os acidentes que causaram afastamento profissional durante o ano de 1997, segundo a pesquisa, foram responsáveis por mais de 110 mil dias de trabalho jogados no lixo. Um prejuízo econômico para as empresas equivalente à compra de cerca de 10,7 mil toneladas de cimento. A maior parte dos acidentes - e não poderia ser diferente, até mesmo pelas características da construção civil brasileira, fatiada por milhares de pequenas empresas - ocorre em pequenas construtoras. Correção e prevenção é o que indicam a pesquisa do SindusCon-SP e do Ministério do Trabalho e Emprego e também o estudo do engenheiro Marcelo Costella batizado "Análise dos acidentes do trabalho e doenças profissionais ocorridas na atividade de construção civil no Rio Grande do Sul em 1996 e 1997".

Segundo Costella, cerca de 85% dos acidentes do Estado ocorreram em pequenas ou microempresas. O dado coincide com a percepção de construtores, consultores e fornecedores de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). "As empresas pequenas, que não possuem profissionais de segurança, costumam se preocupar pouco com a prevenção de acidentes", afirma Alain Clement Lesser Lévy, diretor da I. C. Leal, importadora paulista de EPIs. De acordo com a NR-18 (Norma Regulamentadora nº 18 do Ministério do Trabalho), os equipamentos de proteção individual devem ser fornecidos de forma gratuita para os empregados sempre que as medidas de proteção coletiva não forem viáveis do ponto de vista técnico ou não oferecerem completa proteção aos operários. 

Os EPIs costumam ser, entretanto, um dos bons indicadores das condições de segurança de uma obra. Claro que, se não houver o desenvolvimento de um programa de segurança do trabalho ou se a empresa preferir, ao invés de eliminar os riscos na fonte geradora, apenas proteger os operários com esse tipo de equipamento, os resultados práticos serão nulos. Dispensar os EPIs, porém, seria impossível.


 Tanto que as construtoras têm demonstrado preocupação com a qualidade e a manipulação correta dos equipamentos disponíveis no mercado. Sabe-se, por exemplo, que uma grande construtora paulista chegou a se reunir e discutir com vários fornecedores o ciclo de vida das botinas existentes no mercado.

O objetivo era escolher o produto com maior durabilidade. As empresas sabem que cabe ao empregador treinar o operário para o uso apropriado e obrigatório desses equipamentos, responsabilizando-se pela higienização e manutenção periódicas. Nem sempre a tarefa é fácil. De acordo com o diretor de construção da paulista lnpar, Luiz Henrique Ceotto, a empresa vem sendo obrigada a dispensar alguns operários que se recusam a utilizar os EPIs. "Alguns trabalhadores argumentam que os equipamentos são desconfortáveis ou dificultam demais a execução do serviço", afirma o engenheiro. Os fornecedores sabem disso. "Conforto é sinônimo de uso", afirma Lévy, da I. C. Leal. "Se o equipamento incomodar, haverá resistência dos operários. Por isso, a qualidade do EPI é tão importante".

 Para acabar com problemas relacionados à qualidade, não apenas no que se refere ao conforto mas, em especial, à eficácia desses equipamentos, existem algumas propostas. Ceotto, da lnpar, por exemplo, propõe que o SindusCon-SP encomende ensaios periódicos para averiguar a qualidade dos EPIs disponíveis no mercado e crie um selo de conformidade para esses equipamentos. "Nesse caso, os construtores só comprariam dos fabricantes com o selo do SindusCon", afirma o diretor da construtora paulista. 

A tendência, porém, é que a tarefa seja delegada ao lnmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). Os fornecedores vêm se movimentando nesse sentido. A idéia é que, além dos testes referentes ao certificado de aprovação do Ministério do Trabalho e Emprego, os EPIs passem por auditorias de rotina promovidas pelo lnmetro, criando um selo de conformidade semelhante ao adotado para os extintores de incêndio, por exemplo. De acordo com Gulin júnior, diretor da Animaseg (Associação Nacional da Indústria de Materiais de Segurança e Proteção ao Trabalho), a medida está prevista para tomar forma no ano 2000 e deve promover uma verdadeira reviravolta no mercado. "Muitos fabricantes obtêm a aprovação do Ministério do Trabalho e depois passam a produzir equipamentos sem qualidade", afirma. A idéia parece encontrar ressonância entre as construtoras. "Uma fiscalização por parte da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) ou do lnmetro seria bem-vinda, pois muitos equipamentos possuem uma durabilidade menor do que a desejada ou não atendem à finalidade para a qual se destinam", afirma Onerom Paraense, vice-presidente do Sinduscon-Rio.

 
Isso não retira dos empresários e dos profissionais de segurança que atuam nas construtoras a responsabilidade de adquirir produtos de qualidade. "O profissional precisa ser mais exigente e não pensar apenas no quesito preço", afirma Osny Ferreira de Camargo, gerente técnico do departamento de soluções para saúde ocupacional e segurança ambiental da 3M. "Um certificado de aprovação não constitui, em si, nenhum diferencial de qualidade".
Outro ponto fundamental é o treinamento. De nada adianta possuir os EPIs apenas para cumprir a lei, sem garantir o uso da maneira adequada.

"O treinamento inicial do trabalhador, dentro das seis horas obrigatórias, deve incluir orientações sobre o uso correto dos equipamentos", afirma o engenheiro de segurança do trabalho Bruno Bilbao Adad, assessor do Sinduscon-PR. "Fora os treinamentos periódicos e os específicos para atividades extraordinárias". O Sinduscon-PR desenvolveu, inclusive, um quadro com pictogramas auto-adesivos que, conforme o trabalho a ser executado, indica com desenhos o EPI a ser utilizado, facilitando o entendimento dos trabalhadores. "Se não houver treinamento com filmes e palestras, as chances de o operário deixar de utilizar o equipamento aumentam", afirma o consultor paulista Salvador Benevides, da NBS Tech. Pensando também na conscientização dos empresários, o SindusCon-SP pretende promover, no início do ano 2000, um curso de doze meses para empresários e profissionais da construção com cargos de chefia sobre gestão da segurança do trabalho.

Nosso objetivo é oferecer aos associados orientações e caminhos que levem ao desenvolvimento de uma política de segurança do trabalho", afirma Karla de Sá Fioretti, coordenadora da área de relações capital-trabalho do SindusCon paulista. Não faltam opções para as construtoras interessadas na implementação de programas de segurança. Tampouco existe qualquer limitação, nem mesmo financeira. De acordo com o Sinduscon-PR, o custo da implantação de sistemas de saúde e segurança nos canteiros costuma girar em torno de 1,5 a 2,5% sobre o valor total da obra.

A questão parece ser mais de iniciativa. O sindicato paranaense tem credenciais para falar sobre o assunto: desenvolve, há mais de três anos, com grande sucesso, o PSS (Programa de Segurança e Saúde), que reúne mais de cem empresas e perto de seis mil trabalhadores. Uma saída coletiva que poderia servir de exemplo para todas as construtoras brasileiras.
A relação abaixo (fonte: PCMat / José Carlos de Arruda Sampaio) mostra, para as funções que os empregados executam na obra, quais os EPIs indicados:
  • administração em geral - calçado de segurança;
  • almoxarife - luva de raspa;
  • armador - óculos de segurança contra impacto, avental de raspa, mangote de raspa, luva de raspa, calçado de segurança;
  • azulejista - óculos de segurança contra impacto, luva de PVC ou látex;
  • carpinteiro - óculos de segurança contra impacto, protetor facial, avental de raspa, luva de raspa, calçado de segurança;
  • carpinteiro (serra) - máscara descartável, protetor facial, avental de raspa, calçado de segurança;
  • eletricista - óculos de segurança contra impacto, luva de borracha para eletricista, calçado de segurança, cinturão de segurança para eletricista;
  • encanador - óculos de segurança contra impacto, luva de PVC ou látex, calçado de segurança;
  • equipe de concretagem - luva de raspa, calçado de segurança;
  • equipe de montagem (grua torre, guincho, montagens) - óculos de segurança - ampla visão, máscara semifacial, protetor facial, avental de PVC, luva de PVC ou látex, calçado de segurança;
  • operador de betoneira - óculos de segurança - ampla visão, máscara semifacial, protetor facial, avental de PVC, luva de PVC ou látex, calçado de segurança;
  • operador de compactador - luva de raspa, calçado de segurança;
  • operador de empilhadeira - calçado de segurança, colete refletivo;
  • operador de guincho - luva de raspa, calçado de segurança;
  • operador de máquinas móveis e equipamentos - luva de raspa, calçado de segurança;
  • operador de martelete - óculos de segurança contra impacto, máscara semifacial, máscara descartável, avental de raspa, luva de raspa, calçado de segurança;
  • operador de policorte - máscara semifacial, protetor facial, avental de raspa, luva de raspa, calçado de segurança;
  • pastilheiro - óculos de segurança - ampla visão, luva de PVC ou látex, calçado de segurança;
  • pedreiro - óculos de segurança contra impacto, luva de raspa, luva de PVC ou látex, botas impermeáveis, calçado de segurança;
  • pintor - óculos de segurança - ampla visão, máscara semifacial, máscara descartável, avental de PVC, luva de PVC ou látex, calçado de segurança;
  • poceiro - óculos de segurança - ampla visão, luva de raspa, luva de PVC ou látex, botas impermeáveis, calçado de segurança;
  • servente em geral - calçado de segurança (deve sempre utilizar os equipamentos correspondentes aos da sua equipe de trabalho)
  • soldador - óculos para serviços de soldagem, máscara para soldador, escudo para soldador, máscara semifacial, protetor facial, avental de raspa, mangote de raspa, luva de raspa, perneira de raspa, calçado de segurança;
  • vigia - colete refletivo.

Segurança na Construção Civil

Já vimos muitos acidentes acontecerem na área da construção civil, a maioria deles é por imprudência do trabalhador que não usa os equipamentos adequados para a sua proteção, e como o ramo da construção civil esta crescendo consideravelmente no Brasil passa a ser também onde ocorre o maior numero de acidentes de trabalho. Por mais que as pessoas não queiram admitir a qualidade é sinônimo de segurança e se tornou fator principal na hora de construir. O barato deixou de ser o principal atrativo na construção civil, pois temos vários exemplos de apartamentos novos que estão ruindo ou que caíram por usarem material de segunda linha para economizar, dessa forma o barato sai caro e pode até custar vidas.


Segurança na Construção Civil
Segurança na Construção Civil

A UNESCO constatou que entre 13.000 profissões registradas em diversos países, os operários da construção civil estão entre as doze classes mais sujeitas a acidentes de trabalho. As empresas devem se reunir e procurar minimizar os riscos que podem causar acidentes de trabalho com seus funcionários, afinal tanta tecnologia não é suficiente para que os funcionários não sofram acidentes. As casas modernas são projetadas de forma mais eficiente possível com material de primeira linha auxiliando os funcionários e facilitando o seu trabalho na hora da construção, é lógico que acidentes acontecem, mas não por falta de informação, a imprudência de alguns é que faz com que esse tipo de acidente aconteça.

Segurança no Trabalho
Segurança no Trabalho

Quando um projeto é colocado em pratica seja ele de uma casa ou um condomínio fechado os engenheiros fazem a parte de segurança ser o principal item a ser estudado, só para depois começar a obra, pois um acidente acaba trazendo muitos prejuízos e ocasiona baixa na produção, investimentos perdidos em treinamentos e outros custos. Pela importância do assunto o ministério do trabalho esta tomando medidas preventivas com propagandas para evitar os acidentes e as perdas ocasionadas por ele.

Sinalização da Construção Civil
Sinalização da Construção Civil

No Brasil a construção civil esta em ritmo de crescimento, as obras, sejam elas, de reforma ou novas fazem parte da estatística de crescimento e dessa forma os empregos também acabam crescendo e quem ganha com essa história é o país, pois renda gera renda, quanto mais pessoas empregadas maiores são os gastos e melhor as pessoas vivem e o comércio cresce fazendo a cidade se desenvolver. Até para revestir a casa é preciso tomar cuidados para ter segurança e evitar acidentes, pois uma falha pode cortar a fiação elétrica ou até alguma tubulação, se o trabalhador estiver devidamente prevenido nada pode lhe acontecer, mas se estiver sem segurança o acidente de trabalho pode ser fatal. A segurança na construção civil é primordial para que as obras sejam consideradas seguras e de primeira linha, tanto no material utilizado quanto na mão de obra humana.

domingo, 14 de agosto de 2011

Histórico : CONSTRUÇÃO CIVIL

CARACTERÍSTICAS DO SETOR DA
CONSTRUÇÃO CIVIL
 
        A indústria da construção civil é de grande importância para o desenvolvimento da Nação, tanto do ponto de vista econômico, destacando-se pela quantidade de atividades que intervêm em seu ciclo de produção, gerando consumos de bens e serviços de outros setores, como do ponto de vista social, pela capacidade de absorção da mão-de-obra.
 
2.1 - A CONSTRUÇÃO CIVIL NA ECONOMIA
 
        A importância econômica do setor da construção civil é representada pela sua participação no Produto Interno Bruto-PIB. Conforme pode-se observar (quadro 1), o setor industrial, participa no PIB, no período de 1975 à 1985, com aproximadamente 40% do total, concorrendo a construção civil com 6,5%, que corresponde a 16,2% no total das indústrias.
 
Participação da construção no PIB, comparativamente a outros setores.
 
        Em 1990, a indústria reduziu sua participação para 34,3%, sendo 6,9% a participação da construção. Desta forma, sua participação no total das indústrias chega a 20,3%. Pode-se observar que isto resultou, em termos relativos, de um crescimento mais acentuado na construção do que na indústria de transformação.
        O setor também participa na Formação Bruta de Capital Fixo, já que é responsável pela construção de edificações: indústrias, centros comerciais, escolas e hospitais.
 
        Sua participação na População Economicamente Ativa (PEA) é também expressiva: em 1980, a construção foi responsável pela absorção de 7,3% e, neste mesmo período o total das indústrias absorvia 24,9%. Já em 1986, a construção representa 6,5% da PEA .
 
        O setor da indústria da construção é representado no estado de Santa Catarina por 6.380 empresas, que correspondem a, aproximadamente, 13% do total das indústrias do Estado. Comparando este valor com a indústria de transformação, podemos observar que a porcentagem da construção somente é superada por itens como vestuários, calçados e artefatos de tecidos, com aproximadamente 24% do total e, pode ser equiparada à indústria madeireira, que representa aproximadamente 13% do total das indústrias do estado, conforme dados oficiais.
 
  
        Algumas distorções em relação aos dados fornecidos pela FIESC da relação anual das informações sociais (Rais-1991) foram observados, principalmente com relação ao número de empregados das empresas. Isto se deve em parte, ao fato da atualização dessas informações dependerem das respostas das empresas à formulários, onde a empresa indica o número total de empregados, limitando-se, àqueles com vínculo formal, não informando o número real de empregados. Isto também se reflete na classificação das empresas, onde a grande maioria são erroneamente consideradas micro ou pequenas empresas, já que, a classificação das empresas está vinculada ao número de empregados da empresa (micro: até 10 empregados; pequena: de 10 a 100 empregados; média: de 101 a 500 empregados; e grande: mais de 500).
         
        Desta forma, das 6.380 empresas cadastradas do gênero da construção civil, apenas 02 (duas) são consideradas grandes, 30 (trinta) médias, sendo as demais consideradas como pequenas e micros empresas, conforme quadro 3 e 4. É claro que, tais dados não refletem a realidade do estado já que, grande parte dos operários da construção não estão registrados. Além disso, existe um grande número de micros e pequenas empresas, que não estão incluídas na pesquisa, por serem empresas informais.
 
        Tendo em vista as distorções descritas acima, está sendo utilizado pela Câmara Catarinense da Indústria da Construção um método para o cálculo da mão-de-obra empregada no setor, com base no consumo de cimento mensal. Os cálculos, inicialmente, convertem o consumo de cimento em m2 de área construída, de acordo com a NBR 12721/92. À partir deste resultado, determina-se a quantidade de mão-de-obra empregada, classificando-a por categorias (planilha da NBR 12721/92). Estes dados apesar de serem estimados, estão mais próximos da realidade, por incluírem os trabalhadores não registrados e aqueles das empresas informais. O quadro 5 mostra os resultados obtidos durante o ano de 1994, fornecendo também a média anual. O quadro 6 mostra o número dos trabalhadores empregados no setor, classificando-os por categoria, nos meses de janeiro à abril de 1995.
 
2.2 - A IMPORTÂNCIA SOCIAL DA CONSTRUÇÃO CIVIL
 
        A importância social da construção se deve, em parte, a grande absorção da mão de obra do setor e o poder de reprodução de empregos diretos e indiretos. A reprodução do trabalho na construção civil não é realizada por meio de uma seleção e treinamento formal, e com isto, as empresas acabam submetendo suas regras de comunicação e estrutura organizacional aos hábitos provenientes da cultura de seus operários - cultura essa, ainda ligada à sua origem social, o campo, de onde vieram os primeiros migrantes - e pactuam com a hierarquia de poder estabelecido no interior da estrutura de ofícios, centralizada pelo mestre-de-obras.
        Vargas(1984) ratifica esta afirmação: "apesar dos trabalhadores serem formados no local de trabalho, nos canteiros de obra, a empresa interfere muito pouco nesta formação, somente dando seu aval a essa estrutura, com a admissão dos trabalhadores que se submetem à disciplina e às condições de trabalho subjacentes."
 
        A construção civil é um setor em que a cultura operária está presente na socialização da força de trabalho e na estrutura de ofício difundida nos diversos canteiros. Dentro dessa estrutura é que as empresas têm procurado estabelecer a sua lógica empresarial.
 
        Deste modo, acaba criando no meio empresarial, onde o conceito de qualificação está muito preso à educação formal, a idéia de que o trabalhador da construção civil é desqualificado. Pelo fato da construção civil ser uma das primeiras atividades urbanas dos migrantes internos, este setor passa a ser, muitas vezes, o portão de entrada no mercado urbano de trabalho.
 
        Segundo Mascaró (1981) a relação entre operários especializados e não especializados é de quase 1/3. E, como a forma predominante de qualificação continua ocorrendo no próprio ambiente de trabalho, o tempo mínimo de aprendizado seria de 5 a 7 anos, com base na média das idades dos operários no ingresso nas diferentes categorias.
 
        Apesar do longo período de aprendizado, nem todos os operários conseguem qualificação para atender a demanda das obras. Dos três operários não qualificados, somente um deles terá possibilidade de aprender o ofício, os outros dois ou permanecem não qualificados ou saem da atividade (Mascaró, 1981).
 
        Farah (1992) descreve parte da evolução deste aprendizado no Brasil: os trabalhadores livres, os quais dirigiam freqüentemente o trabalho pesado realizado pelos escravos, sendo detentores de ofícios ligados à construção organizaram-se em corporações até o início do século XIX. Nestas corporações identifica-se uma sistemática de mobilidade ocupacional, associada à aprendizagem de um ofício. Nas tendas dos mestres, os aprendizes recebiam os ensinamentos da atividade de construção, em troca da prestação de serviços. A formação se dava através da transmissão de conhecimentos empíricos pelos artesãos detentores de ofícios - carpinteiros, pedreiros, ferreiros - no exercício do próprio trabalho. Após um período de aprendizagem e de avaliação, o aprendiz passava a obreiro ou oficial assalariado, ficando nesta posição por um período de dois anos. Era então submetido a um exame, e uma vez aprovado, considerado mestre.
 
        Atualmente, predomina ainda, na formação do trabalhador, o aprendizado estabelecido na relação direta entre oficial e ajudante, - ou seja, a habilidade do trabalhador é adquirido no próprio canteiro de obras - embora tenha havido iniciativas no sentido de formalizar o processo de aquisição do saber requerido pela atividade de construção. A carreira começa pelo posto de servente, passando depois de ajudante a oficial. Contudo, diferentemente das corporações de artesãos da Idade Média, a passagem de ajudante a oficial não é assegurada depois de um tempo de aprendizado. Além do conhecimento da profissão, é necessário possuir as ferramentas essenciais ao seu trabalho.
 
        Para Lima, o processo de formação ocorre através da iniciação e da colaboração direta na execução das tarefas, há nesse sistema uma transmissão por empatia, por impregnação dos conhecimentos produtivos e da bagagem gestual, do trabalhador de ofício para seu ajudante (Lima apud Farah,1988).
 
        Frente ao desafio colocado pela variabilidade, característica da atividade de construção, os operários necessitam, além do aprendizado dos modos operativos, desenvolver a capacidade para o exercício da iniciativa. Na vivência do canteiro, ele também aprende a se submeter a uma estrutura hierárquica rígida. Por outro lado, aprende também a exercer controle sobre o trabalho de outros, função assumida, em níveis crescentes, pelos oficiais, pelos encarregados de ofícios e por último, pelo mestre. 
 
        Em virtude da complexidade e da diversidade dos conhecimentos que formam o repertório profissional dos ofícios, o aprendizado é um processo de duração prolongada. O aperfeiçoamento do trabalhador é também um processo extensivo. Por toda sua vida profissional, o trabalhador de ofício desenvolve a sua habilidade; sendo a sua experiência proporcional ao tempo de serviço na profissão (Farah,1988).
        Além destas particularidades, em relação ao operário da indústria da construção civil, o setor se diferencia dos demais tanto pelo seu produto, quanto pelo processo produtivo utilizado.
 
No que se refere ao produto, eles são sempre diferentes, cada obra é única, caracterizado como: imóvel; de grande porte e alto valor monetário (Trajano apud Vidal, 1987). Outras características distintivas da construção habitacional em relação às demais indústrias é o nível de precisão e de detalhamento do projeto de engenharia e de arquitetura. O material de base na construção (concreto, cerâmica e madeira) não possui, pela tecnologia disponível, meios de produção que alcancem o grau de precisão dos metais e dos plásticos que suprem as outras indústrias, devido ao porte de seu produto e a uma menor exigência nos seus limites dimensionais (Vargas,1984).
 
        Quanto ao seu processo produtivo, apresenta locais de trabalho variados e temporários (os canteiros possuem arranjos diferentes, peculiares a cada obra) e se apoia numa produção quase sempre com bases artesanais, que tendem a ser parceladas em função das diferentes fases da obra.
 
2.3 - O PROCESSO DE TRABALHO
        Processo de trabalho é o processo pelo qual matérias-primas, ou seja, outros insumos, são transformados em produtos com valor de uso (Palloix apud Farah, 1992). Neste processo, intervêm três elementos ou fatores: a atividade humana, que constitui a força de trabalho; o objetivo sobre o qual atua a força de trabalho (matérias-primas, insumos, etc.); e os meios (ferramentas ou maquinarias) auxiliares à força de trabalho.
 
2.3.1- CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE TRABALHO NA CONSTRUÇÃO
 
        A construção se caracteriza por possuir uma produção manufatureira. Segundo Vargas (1984), em função das dificuldades em imobilizar máquinas e equipamentos, grande parte dos trabalhos é feita pelas próprias mãos dos trabalhadores, com uso de ferramentas e pequenos equipamentos, e totalmente dependente de sua habilidade, de seu conhecimento técnico e dos hábitos de trabalho criados na estrutura de ofícios.
 
        Essas variabilidades, peculiares ao setor, levam a um processo de trabalho bastante complexo, provocando dificuldades para se estabelecer uma solução padrão na organização do trabalho. Os processos de trabalho na construção estão intimamente ligados aos métodos empregados na sua produção, e ao estágio tecnológico em que se encontra o setor.
 
No entanto, classifica-se aqui, o processo de trabalho segundo o grau de conhecimento que os operários detém sobre o mesmo, como:
- artesanal;
- tradicional e
- industrializado (de montagem).
        No processo artesanal, o artesão conduz todas as fases de produção, desde a concepção, escolha de matérias primas, execução até sua fase final. Este processo predominou durante o século XIX e, apesar das modificações ocorridas até hoje, ainda é observado em obras de pequeno porte, principalmente em construções habitacionais unifamiliares.
 
        Na construção tradicional, que caracteriza uma segunda fase da construção verifica-se um parcelamento do trabalho, onde aquelas funções que exigiam longo tempo de aprendizado na atividade artesanal, eram separadas de forma que pudessem ser distribuídas por várias pessoas. Segundo exigências diversas, o trabalhador coletivo assume o lugar do artesão sob o comando do mestre-de-obras.
 
        Neste processo, ocorre uma separação entre a concepção e a execução, os trabalhadores passam a executar projetos que não sabem ler e cuja tradução é feita na seqüência: engenheiro-mestre-encarregado. Embora parcelados, estes ofícios requerem da mão-de-obra o domínio de um saber-fazer, relativo ao processo de trabalho, que envolve habilidade no exercício das atividades e sua interferência decisiva na definição de como executar as tarefas. Tal habilidade corresponde, na verdade, a um saber parcial, relativo à frações do processo de produção, especialização dos trabalhadores na execução de determinadas atividades, no manuseio e na transformação de materiais e componentes específicos, associados à execução de partes da edificação.
 
        Na construção tradicional, os projetos indicam apenas a forma final do edifício (projeto arquitetônico) ou as características tradicionais de elementos da edificação (projeto estrutural, de fundações, de instalações, etc...), não descendo a detalhes de execução, nem estabelecendo prescrições relativas ao modo de executar e à sucessão das etapas de trabalho (Farah, 1992).
 
        Segundo afirma Vargas (1984), há um distanciamento considerável entre o projeto da habitação e o processo construtivo. Falta aos profissionais responsáveis pela concepção do produto, de um modo geral, uma visão sobre as atividades realizadas no canteiro de obras. Cabe aos operários as decisões quanto a maneira de executar o trabalho para chegar ao que foi projetado.
 
        Na construção de um edifício, é bastante comum não se deter com precisão aos projetos, manter-se somente alguns pontos de referência que vão servir para o ajuste dos demais, e deixar para no acabamento final encobrir os defeitos acumulados no decorrer da construção. Esses vários ajustes, resultam, evidentemente, num maior desperdício de material. 
 
        Para aumentar a precisão de uma habitação é necessário, entre outras mudanças, o aperfeiçoamento do maquinário envolvido, como é feito nos processos ditos industrializados, que corresponde a terceira classificação. Esse processo, que se caracteriza pela grande utilização de pré-moldados, exige projeto minucioso, onde os detalhes de execução são também requeridos, e conhecimentos específicos, por parte dos trabalhadores sobre a forma de execução.
 
        Segundo Bobroff (1993), busca-se com este processo acabar com a descontinuidade entre a concepção do projeto e o gerenciamento da produção, desenvolvendo modos mais apropriados para conduzir a etapa de montagem. As figuras 1 a 4 mostram exemplos comparativos entre o processo tradicional e o processo industrializado relativos às fases de confecção e montagem de ferragem e confecção de estruturas de concreto.
 
        No geral, os trabalhadores envolvidos nos novos processos continuam utilizando parte de seus conhecimentos e habilidades convencionais, mas novos conhecimentos e novas habilidades são requeridos. Há uma adaptação do trabalhador à máquinas, equipamentos e técnicas construtivas introduzidas.
        As novas técnicas empregadas, assim como a rapidez do processo de montagem das peças pré-moldadas, afetam principalmente o trabalho do mestre que sempre trabalhou com o conhecimento do saber prático e passa a enfrentar mudanças bruscas, que o deixam sem referencial. Outro agravante, é o fato que as informações introduzidas no novo processo, nem sempre são suficientes para assegurar a realização das tarefas.


  
2.3.2- A GESTÃO DA PRODUÇÃO
        Diferentemente da indústria, a produtividade na construção é muito mais sensível e dependente do braço operário e de seu saber difundido na estrutura dos ofícios. Em particular, as comunicações no processo produtivo são na maioria das vezes do tipo homem-homem, onde a gestão humana no trabalho é mais determinante do que a gestão técnica do trabalho. Isto quer dizer que o ritmo e a qualidade do trabalho dependem quase que exclusivamente do trabalhador. Como resultado da gestão humana, a estrutura hierárquica do ofício tornou-se, assim, o instrumento mais eficiente de controle da produção.
        Por outro lado, na construção, as determinações sociais e culturais são mais marcantes. A cultura organizacional, que pode ser definida como os pressupostos básicos e crenças que são compartilhados pelos membros de uma organização (Robbins, 1990), existente dentro dos canteiros é forte e reflete problemas comuns, situações, ou experiências que os membros já enfrentaram. E para que essa cultura se mantenha viva é preciso que haja forças de coesão dentro da organização, que é representada principalmente pela socialização, onde os membros da organização não são somente selecionados e recrutados, mas são também doutrinados, para que a aceitem.
        Para permitir a compatibilização destes aspectos, tem-se uma estrutura
   
 
hierárquica, onde o mestre-de-obras é o operário que ocupa a posição máxima desempenhando a função central da gestão da força de trabalho. Sua formação vincula-se a um dos ofícios da construção mas, como mestre, adquire conhecimentos e recursos próprios de outras profissões. Para Vargas (1984), se é verdade que os operários da construção desenvolvem saber prático do trabalho e de seu ofício, pode-se também afirmar que os mestres desenvolvem o saber prático do poder técnico-social na produção. Sua habilidade específica consiste em gerenciar interesses, relações e conflitos gerados por uma produção onde a divisão do trabalho se apoia nos ofícios.
        Neste sentido, o mestre é a pedra angular da estrutura hierárquica, sendo o gerenciamento uma das suas principais funções. Sua habilidade muitas vezes consiste na capacidade de utilizar os mecanismos informais de poder, presente na construção civil, bem como gerir os limites entre o formal e o informal no processo produtivo. As pesquisas, realizadas com o mestre-de-obras mostram que ele despende em atividades gerenciais aproximadamente 40% do seu tempo (Laufer and Shonet, 1991).

      
2.3.3- TENDÊNCIAS NO SETOR
        A dificuldade em se atingir a qualidade desejada do produto final, aliada à complexidade e diversidade das tarefas realizadas por várias equipes, tornam muito difícil o comando e a coordenação da produção. Para solucionar esses problemas, as empresas têm recorrido tanto à subcontratação de serviços específicos como à subempreitada da mão de obra. Na subcontratação a firma contratada atua de forma complementar, onde a empresa não tem conhecimento especializado para realizar aquele tipo de serviço; enquanto que na subempreitada de mão-de-obra ela tem caráter substitutivo e é formada por firmas individuais.


 Entretanto, o controle da mão-de-obra não é, contudo, o único fator que leva à subempreitada. O subempreiteiro, por ter uma mão-de-obra especializada em uma parte da obra, consegue aproveitar melhor os deslocamentos de pessoal de uma obra para a outra e garantir uma rápida estruturação das equipes de trabalho e, assim obter uma maior eficiência produtiva.
        Além das dificuldades de planejamento e controle da produção, existe outro fator agravante que é a crise que está passando o setor. Conforme descreve Leusin (1993), esta crise é provocada por condições mercadológicas não mais existentes hoje, como financiamentos fartos, permitindo repassar custos e alimentando um mercado francamente comprador.
        Para enfrentar esta crise, algumas estratégias alternativas foram formuladas, como as identificada por Vargas e IPT, segundo a qual as empresas, sem mudar a base técnica de produção, buscam reduzir custos e aumentar a produtividade no canteiro de obras, uma tendência de racionalização da construção. A modernização, ou progresso técnico, está sendo orientado pela procura de métodos, equipamentos, materiais e procedimentos que favorecem a racionalização do método construtivo.
        A evolução recente da construção civil revela uma modificação no caráter da industrialização da construção e a emergência em adotar novas formas de racionalização, baseada na flexibilidade da produção e na participação dos trabalhadores no controle do processo de trabalho. A racionalização, nestes casos, consiste essencialmente, na busca de ganhos de produtividade através da introdução de modificações na organização do trabalho.


A procura da racionalização do método construtivo é parte de um fenômeno mais geral, que se consubstancia na procura de valorização do capital investido em atividades de construção civil. Ao incorporar tecnologia inovadora, e conseqüentemente, diminuir o tempo necessário à produção dos bens a que se dedicam, as empresas melhoraram suas condições de concorrência em seus mercados específicos. Com isso, Trylinsky (1987) quer afirmar que, independente da forma que assuma a mudança técnica, seu motivo principal é fundamentalmente econômico.
        Estes mecanismos não representam, no entanto, uma alteração significativa no que diz respeito à autonomia do trabalhador na condução do trabalho. As empresas continuam tendo dificuldade de controle e dependendo do próprio trabalhador, principalmente quanto aos aspectos de: qualidade dos serviços e dos produtos; a produtividade; e a economia na utilização dos insumos materiais.

Cenário e oportunidades na construção civil

 
 
Cenário e oportunidades na construção civil
Fonte: FGV/Abramat
Estudo prevê crescimento médio de 4% ao ano no setor

Os fundamentos da economia mostram que, numa perspectiva conservadora, é possível sustentar uma taxa média de crescimento de 4% ao ano entre 2007 e 2030, conforme projeções de cenários da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Daqui a duas décadas, o país terá um contingente de mais de 230 milhões de pessoas e cerca de 95 milhões de famílias. Nesse percurso, 37 milhões de moradias serão construídas em todo o país, em uma média de 1,6 milhões por ano.

Isso implica um vasto horizonte de negócios. Ao atender essa demanda, o faturamento
das construtoras, por exemplo, saltará de R$ 53,5 bilhões, em 2007, para R$ 129,6 bilhões, em 2030. Em razão da expansão habitacional, as vendas das indústrias de materiais de construção devem crescer 4,8% ao ano em média no período considerado.

O crescimento da classe média implicará em um perfil de demanda progressivamente qualificado, como reflexo dos progressos significativos da renda e do desenvolvimento humano. Sendo assim, a cadeia produtiva da indústria da construção tem um papel central em tal dinâmica, sendo ao mesmo tempo, promotora da renda, do emprego, do investimento e da qualidade de vida.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Projeto Elétrico - III

eletrodutos

SÃO TODAS AS CANALIZAÇÕES DESTINADAS A CONTER E PROTEGER OS CONDUTORES ELÉTRICOS DE CERTAS INFLUÊNCIAS EXTERNAS

TIPOS


·       ELETRODUTOS (TUBOS)
·       CALHAS
·       BANDEJAS
·       CANALETAS


MATERIAL


METÁLICOS
ISOLANTES – PVC

RÍGIDOS
FLEXÍVEIS

ELETRODUTO RÍGIDO DE FERRO GALVANIZADO
Empregados em tubulações aparentes
Alta Resistência Mecânica
ELETRODUTO RÍGIDO DE PVC – Soldável preto
Empregados em ambientes corrosivos – resistência a agentes químicos
Alta Resistência Mecânica


TAMANHO NOMINAL: 16mm, 20mm, 25mm, 32mm, 40mm, 50mm, 60mm, 75mm e  85mm

ELETRODUTO FLEXÍVEL METÁLICO
Empregados para alimentar cargas sujeitas a vibrações
ELETRODUTO FLEXÍVEL DE PVC – FLEXÌVEL CORRUGADO
Facilidade de Instalação em função da flexibilidade
Baixa resistência mecânica


TAMANHO NOMINAL: 20mm, 25mm, 32mm, Rolos de 25 a 50m


PARA O DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS É NECESSÁRIO CONHECER A BITOLA DOS CONDUTORES E A QUANTIDADE DE CONDUTORES QUE FICARÃO NO INTERIOR DO ELETRODUTO.



caixas de distribuição e passagem

Tem a função de distribuir ou dar passagem aos condutores de uma instalação elétrica, bem como a fixação de seus componentes (interruptores, tomadas, arandelas, etc).


MATERIAL
METÁLICOS – FERRO GALVANIZADO
ISOLANTES – PVC



CAIXAS DE DERIVAÇÃO


PLANEJAMENTO DO TRAÇADO DOS ELETRODUTOS EM PLANTA BAIXA

1)   LOCAR O QDL
2)   PARTIR COM O ELETRODUTO DO QDL ATÉ TODOS OS PONTOS DE UTILIZAÇÃO DE FORMA A ENCURTAR AS DISTANCIAS ENTRE OS PONTOS DE LIGAÇÃO
3)   UTILIZAR A SIMBOLOGIA GRÁFICA
4)   PARTIR DO QDL PARA CADA SETOR DA RESIDENCIA
5)   LIGAR OS INTERRUPTORES E TOMADAS AO PONTO DE LUZ NO TETO (CX . OITAVADA), DE CADA AMBIENTE ou LIGAR OS PONTOS DE TOMADAS ENTRE ELAS.




Projeto Elétrico - II

divisão dos circuitos


circuito elétrico
·       Circuito de distribuição ou Circuito Alimentador
·       Circuitos Terminais


A DIVISÃO DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA EM  CIRCUITOS TERMINAIS SEGUE OS CRITÉRIOS ESTABELECIDOS PELA NBR 5410/2044.


divisão dos circuitos


SEPARAÇÃO DE CIRCUITOS:

- ILUMINAÇÃO
     Recomendação: prever mais de 1 circuito de iluminação

- TOMADAS DE USO GERAL

APLICAR O CONCEITO DE SETORIZAÇÃO P/ AS TOMADAS (TUG) E ILUMINAÇÃO


IMPORTANTE: OS CORREDORES E HALLS FUNCIONAM COMO ELEMENTOS DE LIGAÇÃO, PORTANTO PODE-SE COSIDERÁ-LOS EM QUALQUER SETOR : SOCIAL, ÍNTIMO E SERVIÇO


- TOMADAS DE USO ESPECÍFICO
- CIRCUITO IDENPENDENTE P/ EQUIPAMENTOS COM POTENCIA MAIOR QUE 1270VA (127V) OU 2200 (220V)


- LIMITAÇÃO DOS CIRCUITOS:

ILUMINAÇÃO E TUG – LIMITAÇÃO DE CORRENTE A 10 A
* TUG - LIMITAÇÃO DE CORRENTE A 20 A
OBS.: PREVER CERTA RESERVA DE CARGA P/ TODOS OS CIRCUITOS


EXERCÍCIO DIVISÃO DE CIRCUITOS

CALCULO DA CORRENTE DE CADA CIRCUITO


AS TOMADAS 220V DEVEM SER IDENTIFICADAS, TANTO NO PROJETO QUANTO NA EXECUÇÃO!!

Projeto Elétrico - I

Conceitos Básicos de Eletricidade

SISTEMA ELÉTRICO

Transportar a energia elétrica desde a “fonte” até os pontos em que ela é utilizada, constituindo-se em quatro etapas:

Geração – usinas Hidroelétricas, Termoelétricas, Nucleares, etc...

Transmissão – transporte em tensões elevadas nas linhas de transmissão

Distribuição  - Primária e Secundária – Podem ser aéreas ou subterrâneas

Utilização – Os equipamentos de utilização transforma a energia elétrica em energia mecânica, térmica e luminosa.


CORRENTE ELÉTRICA
Unidade de medida – ampère (A)


TENSÃO ELÉTRICA
Unidade de medida – volt (V)


POTÊNCIA ELÉTRICA
Unidade de medida – volt (VA)


A UNIDADE DE MEDIDA DA POTENCIA ATIVA É O WATT (W)

A POTENCIA ATIVA É UMA PARCELA DA POTENCIA APARENTE, ENTÃO ELA É UMA PORCENTAGEM DA MESMA. A ESTA PORCENTAGEM DÁ-SE O NOME DE FATOR DE POTENCIA


CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE FORNECIMENTO EM
TENSÃO SECUNDÁRIA

Limites de fornecimento: Unidades consumidoras com poncia instalada
< 75kW


DEFINIÇÕES

Unidade consumidora: qualquer residência, apartamento, escritório, loja, sala, dependência comercial, depósito, indústria, galpão, etc., individualizado pela respectiva medição.

Ponto de Entrega de Energia: é o ponto de conexão entre o sistema elétrico público (concessionária) com as instalações de utilização de energia elétrica do consumidor.

Potencia Instalada: É a soma das potencias nominais dos aparelhos, equipamentos e dispositivos a serem utilizados na instalação consumidora. Inclui tomdas (previsão de carga dos eletrodomésticos, televisores, etc.), pontos de luz, chuveiros elétricos, aparelhos de ar condicionado, bombas, etc.

Aterramento: Ligação da instalação à terra , por intermédio de um condutor (fio ou barra de cobre enterrado), onde passa a corrente elétrica para o solo.
È obrigatório para todas as tomadas. É o fio verde ou verde- amarelo.
Ele é fundamental para a proteção das pessoas contra os choques elétricos, absorvendo e encaminhando para a terra as correntes que "fugiram" dos aparelhos, e para a proteção dos parelhos elétricos contra picos de energia. Ele descarregará para a terra as correntes "fugitivas" e estabilizará as tensões quando ocorrer defeitos nas instalações.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Projeto Hidrossanitário - I

PROJETO HIDRO SANITÁRIO


O projeto hidro sanitário completo compreende:

- Projeto de água fria,
- Projeto de água quente (quando houver),
- Projeto de esgoto
- Projeto de esgoto pluvial
- Projeto de drenagem (se necessário)
1. PROJETO NOVO:

1.1  PROJETO DE ÁGUA FRIA:


Consiste dos elementos gráficos, como memoriais, desenhos e especificações que definem a instalação de sistemas de recebimento, alimentação, reservação e distribuição de água fria nas edificações.
Deverão ser observadas as seguintes condições gerais:

- Conhecimento da disponibilidade de vazão e pressão na rede da concessionária;

- A planta de situação e, quando necessário, as informações geotécnicas,
deverão acompanhar este projeto;

- Conter o tipo, número de usuários e necessidades de demanda;

- Determinar a quantidade de água para consumo médio diário e o volume da reserva a ser utilizada, de acordo com as recomendações da Norma NBR 5626, exigências da concessionária local e legislação regional. Considerar no volume total de armazenamento, a reserva de água para combate a incêndio;

- Conhecido o volume de água a ser utilizado, verificar as condições da rede da concessionária local e, no caso da inexistência ou insuficiência desta, prever outros sistemas de abastecimento ou de complementação, tipo reservatório inferior com bombeamento, por exemplo, quando não houver pressão contínua e suficiente para alimentação direta do reservatório superior;

- As edificações construídas em regiões servidas por sistema de abastecimento público de água deverão ligar-se obrigatoriamente a este, respeitando as exigências da concessionária local;

A ligação à rede pública deverá ser projetada de modo a proporcionar o menor trajeto possível do alimentador, respeitando-se as exigências da concessionária local.
No projeto dos reservatórios, deverão ser observadas as seguintes condições:
- prever dispositivo limitador do nível de água máximo, de maneira a impedir a perda de água por extravasamento.


- permitir fácil acesso a seu interior (visitas) para serviços de limpeza e conservação.
- impedir o acesso ao seu interior de elementos que possam poluir ou contaminar as águas.
- prever extravasor dimensionado para possibilitar a descarga da vazão máxima que alimenta o reservatório.
- prever tubulação de limpeza situada abaixo do nível de água mínimo.
- prever, sempre que possível, duas células para possibilitar a manutenção sem interromper o fornecimento de água.
- prever um espaço livre acima do nível máximo de água, adequado para a ventilação do reservatório e colocação dos dispositivos hidráulicos e elétricos.

A rede de distribuição deverá atender às seguintes condições:
- Todas as tubulações da instalação de água fria serão dimensionadas definindo-se, para cada trecho: diâmetro, vazão e perda de carga.
- Na determinação das vazões máximas para dimensionamento dos trechos da rede de água fria, deverá ser computado o uso simultâneo dos pontos de consumo (aparelhos, equipamentos e outros).
- Prever registros para bloqueio de fluxo d’água nos seguintes pontos:
- Junto a aparelhos e dispositivos sujeitos a manutenção ou substituição como hidrômetros, torneiras de bóia, válvulas redutoras de pressão, bombas e outros;


- Nas saídas de reservatórios, exceto no extravasor;
- Nas colunas de distribuições;
- Nos ramais de grupos de aparelhos e pontos de consumo;
- Antes de pontos específicos, tais como bebedouros, filtros, mictórios e outros;


- Em casos especiais como seccionamentos, isolamentos, etc.
Toda a instalação de água fria deverá ser projetada de modo a que as pressões estáticas e dinâmicas se situem dentro dos limites estabelecidos pelas normas, regulamentações, características e necessidades dos equipamentos e materiais das tubulações que forem especificadas no projeto.


As passagens através de uma estrutura serão projetadas de modo a permitir a montagem e desmontagem das tubulações em qualquer ocasião, sem que seja necessário danificar esta estrutura. Em nenhuma hipótese, será permitida passagem de tubulação em pilares. As eventuais passagens através de vigas e lajes, deverão ser feitas somente após avaliação do projetista estrutural.


Para as tubulações enterradas, o autor do projeto deverá verificar sua resistência quanto às cargas externas permanentes e eventuais a que estarão expostas e se necessário, projetar reforços para garantir que as tubulações não sejam danificadas.

Os suportes para as tubulações suspensas deverão ser posicionados e dimensionados
de modo a não permitir a sua deformação física. Para as tubulações de cobre deverão ser previstos isolamento entre a tubulação e os suportes para se evitar a corrosão galvânica.
Deverão ser verificadas as dilatações térmicas das tubulações de PVC quando embutidas em alvenarias que recebem a incidência de raios solares com muita intensidade.


Nas juntas estruturais, as tubulações deverão ser projetadas para absorver eventuais deformações.

Os projetos de instalação hidráulica de água fria deverão também atender às seguintes Normas:


- Normas da ABNT e do INMETRO,
- Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e
Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos.